Atenas
Atenas
Localizada na Ática,
Atenas foi fundada pelas tribos Jônicas, povo de vida cultural bem desenvolvida
para os padrões da época.
Divisão social de Atenas
Eupátridas (os bem nascidos): donos de grandes extensões de terra, eram os mais
ricos em Atenas (aristocracia).
Georgois: proprietários de
pequenas extensões rurais.
Demiurgos: na sua maioria
comerciantes e artesãos.
Metecos: estrangeiros que exerciam várias
atividades. Eram proibidos de possuir terras e dedicavam-se ao comércio e
artesanato.
Escravos: base da economia local,
eram negociados por dívidas, conquistas, nascimento e até vendas por
familiares.
Evolução política de Atenas da monarquia até a
oligarquia dos nobres: desde sua fundação até o século VII a.C., Atenas foi
governada por reis que recebiam o nome de basileu. Eram sacerdotes, juízes e
chefes militares. Os Eupátridas, ávidos pelo poder, substituíram a monarquia
por uma oligarquia, na qual nove Arcontes (espécie de colegiado) governaria
Atenas por um ano. Era eleito também um Conselho (Areópago) para fiscalizar o
governo dos Arcontes. Esta espécie de governo só beneficiava a nobreza
(Eupátridas) que, protegidos pelo governo, enriqueciam cada vez mais, enquanto
as outras classes menos abastadas empobreciam. Os camponeses, principalmente,
endividavam-se com os nobres e, não podendo pagar suas dívidas, eram escravizados.
Começaram a haver revoltas, em que muitos artesãos, comerciantes e agricultores
começaram a pedir reformas. Em aproximadamente 622 a.C. foi eleito o legislador
Drácon a fim de elaborar novas leis. As leis de Drácon.
Este legislador
elaborou as leis escritas em substituição às leis orais. Porém, foi extremamente
rígido com punições muito severas para quem as infringia. Com um detalhe, eram
aplicadas às classes menos abastadas, pois Drácon, elaborou justamente leis
para proteger a aristocracia. Suas leis geraram enormes insatisfações sociais.
Assume o poder, o Legislador Sólon para fazer grandes modificações.
As reformas de Sólon (594 a.C.)
Estabeleceu a Plutocracia ou Timocracia, ou seja, o predomínio político
continua na mão dos aristocratas, mas foi feita muitas concessões às populações
mais humildes, inclusive dando muitos direitos políticos até aos mais pobres.
Vejamos algumas reformas de Sólon: Acabou com a escravidão por dívidas.
Devolveu as terras tomadas pelos aristocratas aos camponeses, também por
dívidas. Limitou o tamanho dos latifúndios para que a maior parte dos
agricultores tivessem oportunidade de possuir terras.
Deu grande incentivo ao artesanato e ao
comércio. Criou uma assembleia popular chamada em grego eklésia (na qual
participariam todos os cidadãos) com as seguintes funções: eleger o Arcontato
(colegiado que governaria Atenas) e eleger uma assembleia (bule), também criada
por Sólon, formada por 400 pessoas que tinham as funções de revisar, elaborar e
preparar as leis que eram apresentadas à eklésia, que tinha também o poder de
aprovar ou rejeitar. Fez a divisão social da população de acordo com a riqueza,
estabelecendo uma graduação proporcional de direitos e deveres dependendo em
que classe o cidadão se encontrava. As classes, por ordem de riqueza são os
pentacosimedimnas, cavaleiros, zeugitas e tetas.
Tirania Depois de Sólon surgem os
tiranos.
Pisístrato exerceu a primeira tirania ateniense até 528 a.C. Foi
substituído por seus filhos Hípias e Hiparco que como o pai, procuraram
aprofundar e aperfeiçoar as reformas de Sólon. Iságoras foi o último tirano,
pois foi deposto por Clístenes (510 a.C.) que aprofundou mais as reformas
anteriores, criando a democracia.
Clístenes, o pai da democracia. A
democracia (governo do povo), foi implantada definitivamente em Atenas por
Clístenes. Entre suas principais obras, destacam-se; Divisão da Ática em 100
demos (espécie de distritos ou bairros). Cada 10 demos formava uma tribo e cada
tribo escolheria 50 representantes para a Bule, aumentando a participação
popular na assembleia que elaboraria as leis. Este Conselho foi denominado de
conselho dos 500. Fortalecimento da eklésia, diminuindo o poder da
aristocracia. Estabelecimento do ostracismo, ou seja, o exílio por 10 anos, sem
perda de bens, para as pessoas que ameaçassem a democracia.
O século de Péricles Chamamos de século de Péricles (século de
ouro), o século V a.C. em Atenas, onde governou Péricles (461-429 a.C.). Também
chamado de Período Clássico, foi nessa época que a Grécia alcançou o mais
notável grau de cultura.
Péricles era de origem nobre,
amante da democracia, exímio orador, amigo das artes e inimigo de qualquer tipo
de violência. A construção do Partenon é desta época.
Apesar do grande progresso
político, a democracia ateniense excluía de ser cidadão (aquele que possuía
direitos políticos), as crianças, mulheres, os metécos (estrangeiros) e os
escravos.
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