Capitalismo
Transição para o capitalismo
Embora existisse essa dependência e exploração dos
artesãos por parte dos burgueses, ambos tinham um interesse comum: acabar com
os privilégios e a exploração exercida pela nobreza (representantes do sistema
feudal), pois se convertiam em obstáculo ao desenvolvimento da produção e do
comércio.
O crescimento do comércio,
principalmente através das expansões marítimas (originando o
descobrimento de novos continentes) foi um impulsionador do capitalismo.
Os burgueses, que já controlavam o trabalho dos artesãos, passaram
a organizar manufaturas. Manufaturas
são grandes oficinas onde os burgueses disponibilizavam matéria prima, instrumentos de produção e os artesãos trabalhavam em troca de um salário. Toda produção era de propriedade do burguês.
Temos aí duas grandes características
do nascimento do sistemacapitalista: A
apropriação privada dos modos de produção e a exploração
da força de trabalho assalariada. No capitalismo o trabalhador
não tem mais nada de seu, nem as ferramentas, nem o produto do trabalho. Tem apenas a sua força de trabalho para vender
como mercadoria em troca de um salário. Era exatamente esta a situação de milhares de camponeses (e
camponesas) expulsos da terra.
Foi na manufatura que também operou a divisão
social do trabalho, onde cada trabalhador, através de uma tarefa simples, fazia
apenas uma parte do produto final. Tal divisão do trabalho proporcionou um
aumento enorme da produção, em comparação com o sistema anterior ancorado na
produção artesanal. Na fabricação dos sapatos, por exemplo, havia alguns que
faziam a sola, outros que costuravam, outros lixavam e assim por diante. Eles
não se reconheciam mais no produto final de seus trabalhos. O surgimento da
máquina a vapor na Grã-Bretanha foi o
passo que permitiu a transformação da manufatura em
indústria. A chamada , nos séculos 18 e 19, foi o período de muitas invenções e
descobertas: a eletricidade, a siderurgia, a ferrovia, etc.
Em 50 anos de produção capitalista o mundo desenvolveu
uma quantidade enorme de riqueza.
“REVOLUÇÃO INDUSTRIAL”
A partir da revolução industrial, a contradição se
tornou mais acirrada. Quanto mais se produzia, menos condições humanas possuíam
os trabalhadores. capital X trabalho
O que é capitalismo então?
O capitalismo é um sistema econômico e político que dividiu a sociedade
em duas classes distintas: De um lado, os trabalhadores (as) que só POSSUEM a
força de trabalho para vender em troca de um salário que muitas vezes mal dá
para sobreviver. Do outro lado, os proprietários das indústrias, dos bancos,
das terras, das ferramentas de trabalho, ou seja, os donos do capital.
Os trabalhadores vendem sua força de trabalho para o burguês,
materializada em horas de trabalho por dia produzindo as mercadorias. Essas
mercadorias são dos burgueses que as vendem no mercado. O valor final da
mercadoria é a soma dos valores da matéria prima e da força de trabalho. Com um
salário fixo e horas de trabalho determinadas, o trabalhador é capaz de
produzir muito mais mercadorias do que ele propriamente vale. Essa diferença de
valores se chama MAIS-VALIA, parte integrante do lucro do capitalista e
responsável por manter a indústria sempre em crescimento. Com tais lucros, os
donos do capital melhoram as suas fábricas, adquirem máquinas e outros meios de
produção, para explorar mais trabalhadores (as), produzir mais mercadorias e
conseguir mais lucros.
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