Absolutismo e Iluminismo
Os
textos a seguir se referem a dois pensadores de momentos históricos diferentes,
mas que foram importantes para o desenvolvimento do iluminismo e de várias
questões politicas da contemporaneidade.
O primeiro é sobre o filósofo John Locke e sua crítica ao
Absolutismo. O segundo versa sobre as
ideias do Barão de Montesquieu acerca da divisão dos poderes.
TEXTO
A
Locke condenava o Absolutismo
sob todas as formas. Denunciava a
monarquia despótica , mas não foi menos severo em suas críticas a soberania
absoluta dos parlamentos. Embora
defendesse a supremacia do poder legislativo, considerando o executivo acima de tudo um agente seu ,
recusava-se a conceder um poder
ilimitado aos representantes do povo. Argumentando que o governo fora instituído
entre os homens para preservação da propriedade (que ele definia, de modo
geral, no sentido abrangente de vida, liberdade e bens materiais), negava a
autoridade qualquer agente político para usurpar os direitos naturais do
indivíduo. [...] Locke interessava-se muito mais em
proteger a liberdade do individuo que em
promover a estabilidade ou progresso social.
BURNS, Eduard McNall e
outros. História da civilização ocidental: do homem das cavernas às naves
espaciais. 28 ed. Trad. Donaldson M. Garshagen. Porto Alegre/Rio de Janeiro:
Globo, 1986. V. 2. P. 490.
TEXTO
B
Montesquieu é famoso
principalmente por sua teoria da separação dos poderes. Admitia que é tendência
natural do homem abusar de qualquer poder
e que, por conseguinte, todo governo,
qualquer que seja sua forma, é suscetível de degenerar em despotismo. A fim de prevenir
tais resultados, a autoridade do governo deve ser dividida em três ramos naturais:
o poder legislativo, o poder executivo e o judiciário. Sempre que se permite que dois ou mais desses
poderes sejam enfeixados nas mesmas mãos a liberdade perece, declarava ele. O único
meio eficaz de impedir a tirania é capacitar cada ramo do governo a agir com um
freio para os outros dois. O executivo,
por exemplo, deve dispor do direito de veto a fim de evitar as transgressões do
legislativo. A legislatura, por sua vez,
deverá ter o poder de Impeachment
(impedimento) para restringir o executivo.
E por fim, deve existir um judiciário independente, munido de poderes
para proteger os direitos individuais contra atos arbitrários do legislativo e
do executivo.
BURNS, Eduard McNall e
outros. História da civilização ocidental: do homem das cavernas às naves
espaciais. 28 ed. Trad. Donaldson M. Garshagen. Porto Alegre/Rio de Janeiro:
Globo, 1986. V. 2. P. 491.
- Segundo o Texto A, o que legitimava ainstituição do Governo entre os Homens?
- Segundo O texto B, qual é o motivo principal da divisão do governo em três poderes?
- Produza um pequeno texto sobre as ideias de Locke e Montesquieu, relacionando-as à escrita iluminista ao Absolutismo.
cade as respostas
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